O QUE D-S UNIU, O HOMEM NÃO SEPARA

O que Deus Uniu, o homem não separa.

Mateus 19.6

Princípio Chave da Lição

O propósito de Deus para o casamento é que o homem e mulher construam diariamente a intimidade plena em uma só carne, até que a morte os separe.

Introdução

Quando um homem e uma mulher se apaixonam e se unem pelos laços do matrimônio, eles precisam entender que o fato de estarem juntos não significa que estejam casados dentro dos critérios de Deus para um relacionamento saudável. O casamento deve ser um “sim” incondicional todos os dias. O “sim” que foi dito diante do ministro no dia da cerimônia deve ser dito todos os dias. O “sim” significa que estaremos dispostos a não ter reservas com o cônjuge. Sem reservas físicas emocionais e espirituais, todos os dias, até que a morte nos separe.

O agente de ligação para “dãbaq” (apegar-se)

Sinergia - amor de Deus. Quando um casal resolve optar pelo divórcio, é porque desistiram de construir intimidade plena no propósito de uma só carne.

“A mulher não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no o marido; e também da mesma maneira o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher”(1Co 7.4)

I) Quando Deus une?

Essa é a pergunta chave que devemos fazer para compreender o propósito da construção de sinergia

Deus une um casal no propósito de uma só carne quando constroem a intimidade plena.

O que é SINERGIA?

A fusão de dois elementos que se tornam um. A reconstrução da sinergia no casamento é a fusão de três elementos que se tornam um: D-S, MARIDO E MULHER.

Qual o conselho de Deus em Sua palavra?

“Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem” (Mt 19.6).

“Todavia, aos casados mando não eu, mas o Senhor, que a mulher não se aparte do marido” (1Co 7.10).

Jesus disse: “... Deus ajuntou não o separe o homem” (Mt 19.6).

1) Um casal quando resolve construir a intimidade plena, Deus (ajunta), reconstrói a sinergia, (poder da fusão da dimensão feminina e masculina, que separou da costela de Adão para fazer o corpo de Eva).

2) Essa “sinergia” poder de fusão de “uma só carne”, é restaurada, e o casal mediante a unção do Espírito Santo, se torna uma equipe e se tornam pessoas fortes e completas para realizar o projeto de Deus para a Família.

3) Esse é o grande mistério que Paulo se refere a Cristo e Sua igreja.

“Por isso deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne”.

“Grande é este mistério, mas eu falo em referência a Cristo e à igreja” (Efésios 5.22-31).

4) O ato sexual na intimidade física é um assunto espiritual.

“Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?” (1Co 6.19).

5) O ato em si é físico, mas há um envolvimento emocional e espiritual.

“Ou não sabeis que o que se ajunta com a meretriz, faz-se um corpo com ela? Porque serão, disse, dois numa só carne” (1Co 6.16).

6) A fidelidade conjugal é uma aliança que um homem e uma mulher fazem para se entregarem um ao outro de corpo, alma e espírito.

“E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne?” (Mt 19.5).

II) Construindo um leito sem mácula

A construção da sinergia requer dos casados um envolvimento nas três dimensões (Espírito, alma e corpo). A atração física tem a sua função, mas o casal precisa obter a compreensão de amar seu cônjuge por aquilo que ele é na totalidade e no âmago do ser. Na beleza física, o tempo desestrutura a anatomia e o envelhecimento do corpo é natural, no entanto, no projeto de Deus a construção da sinergia os leva a um relacionamento maduro em que o crescimento espiritual leva o casal a verticalizar sua relação de forma duradoura rumo ao infinito... Até que a morte os separe.

7) O leito conjugal deve ser sem mácula.

“Venerado seja entre todos o matrimônio e o leito sem mácula; porém, aos que se dão à prostituição, e aos adúlteros, Deus os julgará” (Hb 13.4).

8) O adultério, a fornicação, a prostituição, pornografia, não devem servir de modelos para “aquecer” o relacionamento.

Romanos 1.21, 22, 24, 28, 32.

O uso de métodos pecaminosos que alguns utilizam para melhorar o ato sexual. Filmes pornográficos, revistas e outros meios utilizados para esse fim são uma imitação fraca da vida sexual planejada por Deus. O prazer, apenas pelo prazer sexual sem compromisso de um para com o outro, fere os padrões que Deus estabeleceu para o casamento.

Paulo escreveu orientando as igrejas de Corinto e sua epístola tem pontos doutrinários para a igreja no seu plano normal da história, mas especificamente se referia, em alguns momentos, para problemas localizados que, em muitos deles, se assemelham aos nossos dias.

Ele disse para relacionar-se com sua mulher na construção de uma intimidade plena até que a morte os separe.

“A mulher casada está ligada pela lei enquanto seu marido vive. Mas se falecer o marido, fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor”. (I Coríntios 7.40)

Jesus disse em resposta à pergunta dos fariseus que viviam externados pela aparência da lei sem o espírito verdadeiro que regra a lei, que é o amor, o perdão e a misericórdia:

“Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério”. (Mt 19.9)

O  Significado (não sendo por causa de fornicação)

Obs: Numa sociedade extrema e legalista, a fornicação (relacionamento entre uma pessoa casada com outra solteira), é extremamente condenável.

II Pedro 2.10-19;  Provérbios 5.3;  7.22-23

III) Uma palavra sobre o segundo casamento

O divórcio

“Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la?” (Mt 19.7)

O divórcio, queiramos aceitar ou não, leva o individuo a um nível de estresse tamanho, comparado à morte de um ente querido. Às vezes, mais forte.

Obs: O governo americano, preocupado com os índices epidêmicos do divórcio, tem investido milhões de dólares no fortalecimento das famílias americanas. Programas governamentais têm sido implantados visando o fortalecimento do casamento e da família. Está provado que, quando as crianças são educadas em lares onde os pais se amam e os valores familiares são ressaltados, a probabilidade dessas crianças se envolverem no futuro com drogas e delinqüência juvenil é bem menor. Não se trata de uma vacina de imunidade, mas os riscos são bem menores. Por isso, a posição de todos aqueles que desejam o bem da família e de uma sociedade melhor deverá sempre ser pelo fortalecimento do casamento.

O preço que se paga por um divórcio é muito mais caro que o preço de uma reconciliação. O divórcio é uma opção para quem desistiu de construir intimidade plena com outra pessoa.

Porque Deus odeia o divórcio? Porque ele fere o princípio do propósito de uma só carne que Deus estabeleceu para o casamento. (Malaquias 2.14)

“Perguntais por quê? Porque o Senhor foi testemunha entre ti e a mulher de tua mocidade, com a qual tu fostes desleal sendo ela a tua companheira, e mulher de tua aliança”. (Malaquias 2.14)

A Resposta de Jesus para os Fariseus:

“Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim”. (Mt 19.8)

Jesus disse que o divórcio acontece por causa da dureza do coração dos homens.

A palavra “SKLEROTRACHELOS” derivado de “SKLEROS” (duro, severo, rígido).

Esse termo é utilizado no Antigo testamento em Deuteronômio 10.16 e Jeremias 4.4, que utiliza-se da metáfora “circuncisão” do coração, a  qual define a falta de arrependimento sincero diante das ordenanças que Deus estabeleceu na Sua palavra.

Em Malaquias 2.14, Deus abomina o divórcio, por considerar o casamento como uma aliança entre um homem e uma mulher para reconstruir a sinergia. Quando um homem e uma mulher desistem um do outro, o divórcio é uma alternativa para o impasse. Deus, em Sua palavra, orienta a busca da reconciliação do casal, visto que o preço a ser pago é mais barato que a dor de uma separação.

Vivemos numa época em que os valores de Deus estão sendo esquecidos pela maioria da população. Um tempo de ociosidade espiritual. As implicações do pecado e suas vertentes, trouxeram a reboque, entre tantas outras coisas, o divórcio e suas mazelas. O problema não é o divórcio, mas o que o provoca.

O Apóstolo Paulo advertiu severamente a igreja de Corinto, por causa da liberalidade sexual e da impureza, no contexto de uma sociedade encharcada de sensualidade e erotismo; por isso, ele advertiu:

“Ora, quanto as coisas que me escrevestes, bom seria que o homem não tocasse em mulher, mas por causa da prostituição cada um tenha a sua própria mulher, e cada uma tenha o seu próprio marido. O marido pague a mulher o que lhe é devido, e da mesma sorte a mulher ao marido. A mulher não tem poder sobre o próprio corpo, mas tem-no o marido. Do mesmo modo o marido não tem poder sobre o seu próprio corpo, mas tem-no a mulher. Não vos defraudeis um ao outro, senão por consentimento mutuo por algum tempo, para vos aplicardes à oração. Depois, ajuntai-vos outra vez, para que Satanás não vos tente por causa de vossa incontinência”. I Coríntios 7.1-5

Um homem e uma mulher que passou pelo dissabor de um divórcio são pessoas sofridas e, de certa forma, estigmatizadas no meio evangélico. É necessário avaliar caso a caso para que essas pessoas tenham a oportunidade de reconstruir sua vida conjugal.

Nesse aspecto, muitos casais em seu segundo casamento passam pela experiência em que as feridas na alma os levaram a encontrar a resposta em Deus. Ninguém deve exercer juízo sobre esses casos específicos. Isso é um problema de fórum íntimo entre o casal e Deus.

O Senhor é misericordioso e sabe como tratar esses casos. Os casais que vieram de um segundo casamento sempre sofreram as sequelas da frustração e da dor de um divórcio, isso porque são inevitáveis as consequências. Somente quem passou pelo dissabor de uma separação sabe avaliar a dor que o divórcio provoca. Mas como todo pecado, o divórcio também é perdoado quando os envolvidos se arrependem e procuram em Deus o perdão.

FONTE: MINACQ - PEDRO LUZ ALMEIDA

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